Evolução por design
Publicado em 03 de Junho, 2024
Tempo de leitura: 10 minutos
A evolução é a força mais potente de resolução de problemas na Terra. A evolução criou dinossauros, baleias azuis, árvores sequoias e seres humanos. Ao combinar mutações aleatórias com um ciclo de feedback inexorável em que mudanças benéficas dominam ao longo do tempo, a evolução leva a organismos cada vez mais bem equipados para prosperar. Mas, por mais poderosa que seja, esse processo é dolorosamente lento. O progresso evolutivo é medido em séculos, até mesmo em eras.
A evolução é a força mais potente de resolução de problemas na Terra. A evolução criou dinossauros, baleias azuis, árvores sequoias e seres humanos. Ao combinar mutações aleatórias com um ciclo de feedback inexorável em que mudanças benéficas dominam ao longo do tempo, a evolução leva a organismos cada vez mais bem equipados para prosperar. Mas, por mais poderosa que seja, esse processo é dolorosamente lento. O progresso evolutivo é medido em séculos, até mesmo em eras.
No século XX, a humanidade tentou alcançar o progresso por meio de um processo menos aleatório e mais projetado de planejamento centralizado de cima para baixo. Um punhado de governantes tecnocráticos alegava que nos levaria adiante com planos de 5 anos que diziam às pessoas o que produzir, como produzir e quem se beneficiaria do que foi produzido. Tinha a virtude da velocidade: o planejamento central rapidamente destruiu o progresso econômico em todos os países onde foi tentado.
O problema é que sistemas projetados para o progresso muitas vezes negligenciam a experimentação contínua (mutações aleatórias) e o ciclo de feedback implacável. Uma solução possível ou favorita torna-se A SOLUÇÃO e o sistema para de se desenvolver. Sem mais evolução, não há mais progresso e, em última análise, ocorre regressão.
Mas há uma terceira opção: evolução por design.
Em vez da tentativa e erro aleatória da evolução natural, a evolução por design aproveita o poder não aleatório da engenhosidade humana. Podemos nos concentrar nas direções que têm mais chances de sucesso, acelerando drasticamente o progresso que resulta de experimentação inteligente contínua.
Mas introduzir design exige abertura e disciplina para manter a potência da evolução.
Abertura: A direção aparentemente melhor a ser explorada nem sempre é a mais frutífera. Você não pode saber o que não sabe—portanto, alguma experimentação "aleatória" é necessária para descobrir caminhos ocultos para o progresso. Isso significa que as pessoas precisam ser livres para experimentar, testar ideias que outros acreditam estar fadadas ao fracasso, engajar-se em inovação sem permissão.
Exemplo: Praticamente ninguém pensava que as pessoas alugariam espaço em suas casas para estranhos até que o Airbnb provou que elas fariam isso. A tecnologia de mRNA não havia produzido resultados no tratamento do câncer, mas provou-se surpreendentemente eficaz em parar a COVID-19.
Disciplina: Estas são investigações de alto risco—a maioria das novas ideias são ruins. Para que boas ideias prevaleçam, ideias ruins devem poder falhar. É fácil cair no hábito de evitar falhas, o que negligencia oportunidades não vistas em favor do caminho mais seguro. Nosso objetivo não deve ser evitar falhas, mas apoiar ciclos de feedback que nos ajudem a aprender rapidamente com as falhas e proteger nossa capacidade de tentar novamente.
Exemplo: Quando a SpaceX lança foguetes Starship totalmente esperando que eles caiam. Isso não é algo que a NASA pode fazer! Ao aceitar que a falha faz parte do progresso, a SpaceX está avançando muito mais rápido para tornar o espaço acessível.
Abertura e disciplina são produtos da cultura. Elas surgem quando uma cultura valoriza a busca corajosa pelo sucesso em vez de desprezar o fracasso. Elas surgem quando uma cultura valoriza os benefícios do progresso mais do que teme os desconfortos do dinamismo econômico.
Uma cultura que fomenta a engenhosidade humana combina a potência da evolução com a velocidade do pensamento. O mundo enfrenta grandes desafios. Libertar a engenhosidade de sete bilhões de pessoas irá enfrentá-los.
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